segunda-feira, 26 de março de 2012

Falando de Umbanda...

Nossa alma imortal

Escrito por Eliana Cristina Ferreira Janjacomo
(Publicado em 28/11/2011)
Nossa alma imortal
Olá, Amigos e Visitantes do nosso Falando de Umbanda!

Hoje vamos abordar um assunto muitas vezes ignorado, seja por sua dor, seja por negação, seja por medo.

O que é a morte e o que ela representa? Para aonde vamos? Será a morte do corpo físico o fim de tudo? Essas questões são geralmente as mais comuns.

Há também o lado sentimental. Com máxima certeza, por mais espiritualizados que possamos ser, não estamos, e acho que jamais estaremos, preparados para a aceitação da Morte.

Escrevi 'morte' com letra maiúscula para dar destaque a essa palavra e toda sua carga emocional, filosófica e religiosa.

A Umbanda é uma religião espírita, afinal lidamos o tempo todo com os sagrados orixás e as entidades.

Sendo assim, me peguei diversas vezes pensando sobre o que de fato é a morte. Creio que, na verdade, a morte não existe, pois somos seres imortais tendo uma experência na carne.

Essa é a sabedoria que venho recebendo das entidades.

Sim. Parece simples defini-la. O problema é aceitarmos quem somos na essência e o porquê de estarmos aqui.

A morte é certa para todos nós. Para alguns chega mais cedo, para outros, mais tarde. Alguns fazem sua passagem de forma tranquila, praticamente abençoada. Outros porém, são arrebatados de forma brutal, às vezes traumática ou torturante.

Vamos pensar em nossas várias encarnações como papéis que assumimos ao longo de nossa jornada espiritual. Logo, temos apenas uma chance de sermos quem somos nesta vida em específico. Por isso é importante conquistarmos e acumularmos conhecimentos diversos (e aqui não me refiro a títulos universitários, mas sim a conhecimentos que levaremos conosco para todo o sempre, tais como espiritualidade, mediunidade, natureza, arte, sentimentos e tantos outros), pois mais cedo ou mais tarde eles poderão ser acionados por nossa alma imortal.

A morte de um ente querido traz sempre uma dor profunda e uma saudade que nem sempre passa. Mas nada como o tempo para trazer conforto e esperança de dias melhores...

Por sorte tive pouca experiência em relação à perda de entes queridos, mas já vi o suficiente para afirmar que não podemos predizer ou julgar a reação das pessoas que ficam, pois aquelas que pensei que partiriam em breve, a vida as ofertou um novo prisma, um novo amor, uma nova filosofia para entender e viver a Vida.

Às vezes perdemos tanto tempo com situações insignificantes e com pessoas que só nos puxam pra baixo, que esquecemos de nos dedicar a compreender o verdadeiro sentido da Vida, a enxergarmos o que e quem está a nossa volta.

Quantas vezes passamos anos e anos juntando bens materiais e nos esquecemos que tais bens não irão conosco para o caixão, que em nossas casas há filhos, esposas, maridos e outros parentes esperando e precisando de nós.

Quanto tempo perdemos cultivando nossa vaidade, julgando os outros e cobiçando a vida do próximo...

A Vida é muito mais do que temos condições de avaliar. Existe a magia dos elementais, existe a influência do mundo espiritual, existem mediunidades, existem religiões, filosofias e culturas diferentes daquelas que estamos acostumados.

Há povos que comemoram a morte de seus entes queridos porque entendem que eles já cumpriram sua jornada nesta Terra.

No México cultua-se a Santa Morte (Santa Muerte) – uma santa muito respeitada e amada, que tem o poder de trazer proteção e solução a problemas difícieis.

Em nossa querida Umbanda temos o orixá Omulú – Senhor das Passagens entre as diversas dimensões da Vida. E justamente por isso, é a esse orixá que devemos clamar e pedir a proteção aos nossos entes queridos no momento da partida.

O fato é que cumprimos um ciclo natural: nascemos, crescemos e morremos. Isso é imutável.

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