O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém).
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.
POR QUE TIRAR OS SAPATOS NA HORA DE SE ENTRAR NO TERREIRO?Norberto Peixoto
Nós, umbandistas, consideramos o terreiro e congá, um lugar imantado, Sagrado, onde foram fixadas certas forças ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças ou ordens superiores dos Orixás, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele para movimentação e renovação permanente do Axé - força mantenedora da corrente mediúnica.
Tudo isto objetivando "facilitarmos" a descida vibratória dos Guias espirituais e haver o intercâmbio em uma egrégora elevada, propiciatória para a ligação fluídica com os médiuns.
Assim, é de obrigação de todos tirar o calçado, visto este objeto ser "anti-higiênico", pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por estarmos em ligação com certas encruzilhadas de rua que passamos, sabendo-se que estes locais profanos são escoadouro natural das vibrações negativas ou ondas mentais coletivas eletromagnéticas,
densas e altamente materializadas, muitas vezes alimentadas pelos nefastos despachos que alimentam os planos inferiores do astral.
*em nosso Templo, solicitamos aos consulentes que, por gentileza, tirem seu calçado ao adentrar na área do congá, até porque isso facilita o descarrego das energias negativas, uma vez que nossos pés agem como fio terra. (T.U.V.A)
De
Joelhos Sim !!!
Gero
Maita
Dentro das várias
ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos
principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico
com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido,
porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento.
É de conhecimento geral que
as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais o Ajoelhar
, exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade
que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma
forma, o ato de postar-se de joelho fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou
assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a
simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior.
A implantação do
ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho,
obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo
criado por Ele; e para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a
exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons
espíritos. Infelizmente, é
do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e
caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras
tantas orgulhosas, vaidosas, "auto-suficientes" , que procuram a todo custo
imporem-se aos demais, maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes
alheias. Ostentam falsas
conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais
doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência,
de aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo
coração. Suas visões
ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito é para seu próprio bem, para sua
própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual,
pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. Alguns até podem dizer que ao
postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente
opostos àquela posição. Mas aí, meus irmãos, é que termina a tarefa dos
encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e
vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda , e assim, dando luz a estas
pessoas e reconduzindo- as ao rebanho Divino.
Joelhos
ao chão sim !!!!
ACENDER VELAS
A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a "energia ígnea", tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão...
(desconhecemos o autor)
A
vela representa e com ela se está firmando os quatro elementos:
parafina= terra
liquido( parafina
derretida)=água
pavio aceso= fogo
parafina evaporando=ar
Temos a representação perfeita do homem que feito destes elementos
tem o corpo a alma, a aura na radiação do calor e acima de tudo a luz na cabeça
sincrética representada pelo pavio, simbolismo que se usado por uma vontade
poderosa tem força criadora pois a "imaginação” é, como diz o filósofo, um
atributo dos deuses, pois só ela pode criar.( Abarepayê)
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